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Na tarde do dia 17/12, os trabalhadores foram surpreendidos e indignados com um comunicado da CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, informando que, por “liberalidade” da Empresa, seria feita a antecipação do reajuste salarial, mesmo após a rejeição de sua contraproposta pela categoria em assembleia soberana.

Tal atitude é inadmissível. A CBA ignora deliberadamente a decisão coletiva dos trabalhadores, desrespeita a representação sindical e atropela o processo de negociação, numa postura autoritária que afronta a democracia sindical e pode, inclusive, caracterizar prática antissindical. Diante dessa gravidade, o Sindicato acionou imediatamente seu departamento jurídico para a adoção das medidas cabíveis contra mais esse desmando da Empresa.

É importante relembrar os fatos. Este Sindicato realizou assembleias ainda em julho para a construção da Pauta de Reivindicações, a qual foi protocolada junto à CBA em 29/07/2025. No entanto, a Empresa só se dispôs a iniciar as negociações em 22 de outubro, ocasião em que garantiu a data-base em 1º de outubro. Desde o início, o Sindicato deixou claro que o objetivo era discutir todos os itens da pauta, incluindo, de forma central, a Cláusula de ALTERAÇÃO NA ESTRUTURA JURÍDICA DA EMPRESA.

Na 2ª rodada de negociação, realizada em 26/11, a CBA apresentou sua contraproposta, mas simplesmente “esqueceu” de tratar da referida cláusula, comprometendo-se a consultar seu jurídico e retornar ao Sindicato. Somente em 05/12, a Empresa apresentou uma redação que não atendia em nada o pleito da categoria.

Diante disso, foi realizada assembleia no dia 10/12, e, por maioria esmagadora, os trabalhadores REJEITARAM a contraproposta da Empresa. O Sindicato comunicou oficialmente a decisão e solicitou a imediata reabertura das negociações.

Mesmo assim, no dia 17/12, a CBA optou por desconsiderar a vontade da categoria e divulgar unilateralmente um comunicado, provocando ainda mais revolta. O Sindicato entrou em contato no mesmo dia, externando toda sua indignação e exigindo a retomada imediata das negociações coletivas.

Após a pressão, a CBA agendou nova reunião para segunda-feira, 22/12. Esperamos que, dessa vez, a Empresa respeite os trabalhadores, o Sindicato e o processo negocial, apresentando uma contraproposta que realmente atenda aos anseios da categoria.

A categoria não aceita imposições.
A decisão da assembleia é soberana.
JUNTOS SOMOS FORTES!