O Sindicato dos Eletricitários de Ipaussu vem a público corrigir a forma equivocada como a imprensa tratou o caso recente de prisão por tráfico de drogas em Canitar. A manchete publicada — “Eletricitário é preso por tráfico de drogas em Canitar com mais de meio quilo de cocaína” — gera uma interpretação injusta e prejudicial a toda uma categoria de trabalhadores.
É importante esclarecer: quem é preso por tráfico de drogas é traficante. A profissão de eletricitário nada tem a ver com esse tipo de crime. O uso do termo “eletricitário” para identificar o acusado causa confusão e atinge injustamente milhares de profissionais que diariamente arriscam suas vidas para levar energia elétrica às casas, hospitais, escolas, empresas e serviços essenciais.
Além disso, é necessário explicar uma diferença fundamental:
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Eletricista é a profissão individual, que atua em serviços de instalações e manutenções elétricas em casas, prédios ou indústrias.
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Eletricitário, por sua vez, é o trabalhador do setor elétrico, categoria profissional que abrange todos os que atuam na geração, transmissão e distribuição de energia. São eles que trabalham em linhas vivas de alta tensão, subestações, usinas e redes que levam energia para milhões de lares e empresas em todo o país.
Confundir eletricitário com criminoso é desrespeitar uma categoria que arrisca diariamente a própria vida para garantir um serviço essencial à população.
O eletricitário é um trabalhador qualificado e fundamental para o Brasil.
É ele quem, em condições muitas vezes adversas, garante que a energia chegue a cada canto, sustentando desde o funcionamento de hospitais até a iluminação pública e a segurança das comunidades.
Por isso, reforçamos: o crime é individual e jamais pode ser vinculado a uma categoria profissional inteira.
André Paladino
Presidente do STIEHI – Sindicato dos Eletricitários de Ipaussu
Em nome de toda a diretoria e dos trabalhadores e trabalhadoras eletricitários.