Em um cenário de tensão crescente, a CPFL Santa Cruz/Jaguari deixou sua marca de insensibilidade na quarta rodada de negociações, ocorrida em 13 de setembro.
A empresa, mesmo após os sindicatos apresentarem um acordo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) baseado no modelo de 2022, acrescido de uma sugestão para um Termo Aditivo, optou por manter sua postura inflexível, recusando-se veementemente a pagar a PLR em setembro. O cálculo ainda incluiria o índice do IPCA do período, o que tornaria a recusa ainda mais dramática.
A proposta da CPFL para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) é marcada por números que não condizem com a realidade enfrentada pelos trabalhadores:
- Reajuste Salarial: Mero 4,61%;
- Reajuste de Benefícios: Insuficiente 4,61%;
- VA/VR: Apenas 5,00%;
- VA de Natal: 6,8% que mal fazem jus à inflação;
- Flexibilização de Horários para a Área Operacional: Uma medida que não compensa as perdas;
- Gratificação de Férias: Proposta de nova redação sem benefícios evidentes;
- Vigência de 2 anos: o que engessa avanços futuros.
É uma verdadeira vergonha que a empresa trate com tanto descaso aqueles trabalhadores que contribuíram de forma significativa para elevar a CPFL Santa Cruz/Jaguari a patamares de excelência. A falta de reconhecimento é assustadora!
Mas o absurdo não para por aí. A CPFL se recusa a discutir questões essenciais para o bem-estar e a valorização de seus funcionários:
- Reembolso de Lanche e Refeição sobre Horas Extras: Ignorados completamente;
- Plano de Carreira dos Eletricistas e demais cargos: Deixados de lado;
- Plano de Previdência Privada e Odontológico: Não são considerados importantes;
- Aumento Real dos Salários: Uma reivindicação que cai em ouvidos surdos;
- Equiparação do VA/VR e VA de Natal com a CPFL Piratininga: Ignorada completamente;
- Isonomia Remuneratória de Gênero: Uma pauta que merece discussão;
- Equiparação de Salários e Benefícios com a CPFL Piratininga: Nem sequer é considerada.
A próxima rodada de negociação está marcada para a próxima segunda-feira, dia 18 de setembro. No entanto, a proposta apresentada já foi rejeitada de forma unânime pelos Sindicatos.
Em meio a esse drama, fica evidente que a CPFL Santa Cruz/Jaguari tem muito a aprender sobre a valorização de seus funcionários e o respeito às suas justas reivindicações.
A história continua, e a pressão sobre a empresa também.
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